Valor total do aumento de capital da Oi é estimado em R$ 14 bilhões. Oferta integra processo de fusão com Portugal Telecom, ocorrerá em abril.
A operadora de telecomunicações Oi entrou com pedido de registro de oferta pública de ações na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), segundo fato relevante e prospecto preliminar divulgados na madrugada desta quinta-feira.
A empresa estima que a precificação da oferta, que faz parte do processo de fusão com a Portugal Telecom, ocorrerá em 16 de abril. O valor total do aumento de capital da Oi é estimado em, aproximadamente, R$ 14 bilhões.
No início de fevereiro, o jornal "Folha de S.Paulo publicou uma reportagem que afirmava que um grupo de bancos, liderado pelo BTG, faria uma nova oferta de ações da operadora de telefonia Oi com garantia de compra. A notícia sobre o negócio foi confimada pela assessoria de imprensa do Itaú BBA, que faz parte do grupo no mesmo dia. Na ocasião, não foi confirmado o valor total da emissão nem a participação de cada banco participante do consórcio.
Segundo o Itaú, a nova oferta de ações seria levada ao mercado pelos bancos em busca de compradores no exterior. O negócio tinha o objetivo de levantar recursos para a empresa, que precisa reduzir a proporção de dívida líquida em relação ao lucro Ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização). O modelo do negócio prevê que, se os bancos não encontrarem compradores para as ações ofertadas, vão comprar os papéis que não foram vendidos.
O consórcio de bancos que irá vender e, eventualmente, comprar as novas ações emitidas da Oi, seria liderado pelo BTG Pactual, que teria as maiores cotas de ações juntamente com um conjunto de bancos. O Itaú ficaria com cotas menores, juntamente com outro grupo de bancos.
Fusão com a Portugal Telecom
A Oi assinou o acordo de fusão com a Portugal Telecom em outubro do ano passado, um negócio que irá criar uma operadora multinacional com operações envolvendo uma população de 260 milhões de pessoas e mais de 100 milhões de clientes.
O acordo aconteceu pouco tempo depois de a Oi ter feito grande corte em sua política de dividendos, pressionada por uma dívida líquida de quase R$ 30 bilhões e necessidade de acelerar investimentos no país, de acordo com a Reuters.
À época da fusão, as empresas afirmaram que seriam mantidas as marcas comerciais das operações da Oi e da Portugal Telecom nas suas respectivas regiões de atuação com "controle e gestão única e comum pela CorpCo".
Na ocasião, o BTG Pactual disse que não comentaria as informações.
Fonte: Portal G1