Oi nega inconsistência em dados sobre fusão com Portugal Telecom






18/03/2014

Oi nega inconsistência em dados sobre fusão com Portugal Telecom

Minoritários veem divergência entre dados enviados à CVM e à SEC. Empresas assinaram memorando para fusão em outubro.

A Oi divulgou comunicado na noite de segunda-feira (17), solicitado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no qual nega que haja inconsistências entre as informações que transmitiu ao mercado brasileiro e americano sobre os termos do seu processo de fusão com a Portugal Telecom.

No documento divulgado no site da CVM, a Oi também confirma que "contará com um sindicato de bancos" para fins de garantia no processo aumento de capital da Oi, que faz parte da operação de fusão. Segundo o comunicado da empresa, os bancos "assumiram um compromisso firme de subscrição de ações".

Os esclarecimentos da Oi atendem a um pedido da CVM sobre declarações à mídia de um grupo de acionistas minoritários insatisfeitos com o processo de fusão.

Os minoritários estão se articulando contra um laudo de avaliação dos ativos da Portugal Telecom e contra o aumento de capital, ambos considerados prejudiciais.

Eles argumentam que a Oi divulgou fato relevante em 10 de fevereiro informando sobre a garantia firme dos bancos para o aumento de capital, mas que a Portugal Telecom informou à Securities and Exchange Comission (SEC), equivalente à CVM nos Estados Unidos, que não existe nenhum acordo formal com os tais bancos.

Essa discrepância, segundo os minoritários, mostraria a diferença de tratamento entre os mercados do Brasil e dos Estados Unidos.

Fusão
Em outubro passado, a Oi e a Portugal Telecom anunciaram a assinatura de um memorando de entendimentos para a fusão que resultaria na criação da empresa CorpCo. Na época, havia previsão de um aumento de capital de pelo menos R$ 13,1 bilhões na operadora brasileira, sendo a parcela em dinheiro no montante mínimo de R$ 7 bilhões.

A fusão cria uma operadora multinacional com operações envolvendo uma população de 260 milhões de pessoas e mais de 100 milhões de clientes.

Fonte: Portal G1