Jeff Bezos vai pagar US$ 250 milhões pelo negócio. Circulação do jornal teve queda de 7% no primeiro semestre.
O presidente da Amazon, Jeff Bezos, vai comprar o 'Washington Post', um dos principais jornais dos Estados Unidos. A confirmação foi publicada no site do próprio jornal. Segundo o 'Post', Bezos vai pagar US$ 250 milhões em dinheiro pelo jornal e publicações afiliadas.
Segundo o texto, a Amazon não terá papel na compra, feita diretamente pelo próprio Bezos, que será seu único proprietário quando a transação estiver completa, 'provavelmente em 60 dias'. A compra vai tirar do comando do jornal a família Graham, após quatro gerações. Fundado em 1877, o Post é controlado desde 1933 pelos herdeiros de Eugene Meyer, financista de Wall Strett que comprou a publicação por US$ 825 em um leilão de falências durante a Grande Depressão.
'O negócio representa uma súbita e chocante mudança para o ‘Post’, o jornal líder de Washington por décadas e uma força poderosa na determinação das políticas da nação', diz a publicação. 'Poucas pessoas estavam sabendo que uma venda estava a caminho para o jornal'.
A própria reportagem, no entanto, admite que, pela maior parte da última década, o jornal não foi capaz de escapar da crise financeira que engolfou jornais e outras organizações de mídia.
'Cada membro da minha família começou com a mesma emoção – choque – ao sequer pensar em vender o ‘Post’, afirma, no texto, o presidente do jornal, Donald Graham. 'Mas quando a ideia de uma transação com Bezos apareceu, mudei meus sentimentos'.
A divisão de jornais da empresa Washington Post Co., empresa que atualmente controla o jornal de mesmo nome, sofreu uma queda de 44% no faturamento nos últimos seis anos. A circulação caiu 7% no primeiro semestre do ano.
A venda envolve o 'Post' e sua página na internet, além dos jornais Express, Gazette e Southern Maryland, de Washington; Fairfax County Times; El Tiempo Latino; e a fábrica de Robinson Terminal. Bezos também vai adquirir a gráfica de Gaithesburg, responsável por várias publicações militares. A operação não envolve, no entanto, o edifício-sede da empresa, em Washington, a revista Foreign Policy nem as publicações Slate.com, Root.com, a operação de desenvolvimento digital WaPo Labs ou imóveis do Post em Alexandria.
Fonte: Portal G1